quinta-feira, 20 de maio de 2010

Premonição 4

Taí um filme que era melhor não assistir...
Quem gostou do primeiro Final Destination ( aquele distante com Devon Sawa e Ali Larter) não deve nunca cometer o mesmo erro que eu e tentar engulir as continuações.
Tudo bem, a segunda até que foi aceitável, tinha ainda a Ali e tentava dar continuidade aos fatos ocorridos no segundo.
O terceiro virou comédia no pior estilo Eddie Murphy de ser.
O que é aquela morte dos pregos???? Onde foi parar a criatividade?
Como se não bastasse os produtores (e pior ainda David R Ellis, que dirigiu Serpentes a Bordo e cometeu o segundo filme) decidem realizar o quarto (e até então último da saga, mas não se animem, o quinto virá).
Para piorar, decidem pegar carona na onda 3D!!!!
Não contentes, fazem isso de forma pobre e ridícula... (Sexta feira 13 parte 3 3D e Amityville 3D tem imagens melhor trabalhadas que este desastre cinematográfico)
Os sonhos são bizarros, as mortes sem a menor criatividade, pelo que entendi, a Morte se cansou ou ficou burra e quer levar todo mundo embora o mais rápido possível.
Para não dizer que o filme é de todo ruim, gostei dos créditos de abertura, onde um "raio x" examina as mortes dos filmes anteriores...
Pelo menos tive a decência de assistir no conforto do meu lar, onde podia pausar o filme para tomar doses periódicas de morfina para suportar essa aberração.
Fica a dica...

A hora do pesadelo

Na segunda feira (17/05) tive o prazer de assistir essa releitura assinada por Samuel Bayer para a história criada por Wes Craven na década de 80.
Assim como os principais serial killers da história cinematográfica, Freddy surgiu nessa época no embalo de Michael Myers, Jason Vorhees e Leatherface.
Com um diferencial clínico: Freddy não é o tipico assassino idiota, ele ataca nos sonhos com sarcasmo e sadismo.
Robert Englund imortalizou o personagem em sete filmes (nem todos merecem ser vistos), mas nesse filme o personagem é vivido pelo incomparável Jackie Earle Haley (o Rorschach de Watchmen e o pedófilo de Little Children).
Nessa nova versão Freddy ganha em sadismo. Torna-se muito mais violento e cruel.
Jackie consegue trazer uma voz crível de uma pessoa que sofreu as queimaduras que Krueger lastima.
A maquiagem é magnífica e traz realidade ao personagem. Porém quase não é mostrada, o que decepciona.
O que também deixa a desejar é a atuação piegas do elenco de apoio. (Principalmente de Thomas Decker, que deveria continuar sendo John Connor, onde ele finalmente acertou a dose).
A história de Freddy antes do assassinato é levada mais a fundo, mas se perde no meio de tantas histórias inúteis que "enchem linguiça" durante o filme.
O mérito é realmente de Jackie.
Um prato cheio para os fãs do "terrir" norte americano dos anos oitenta.
Falta história e sobra sangue, como Freddy e seus amigos adoram...
Fica a dica...

quarta-feira, 12 de maio de 2010

RECOMENDO


Ontem (11/05) fui assistir ao espetáculo experimental "Sete Pecados", uma peça que está nascendo...
Tem uma proposta incrível de trazer para o cotidiano os sete pecados capitais, o que faz (textualmente) de forma magnífica...
Cenas que nos fazem rir, refletir, mas que principalmente (e creio ter sido essa a intenção) incomodar!
O espetáculo tem um visual espetacular, com apenas três atores no palco, consegue atingir seu público, trazendo uma aproximação da platéia que vê tudo o que acontece (o espetáculo não utiliza pernas, coxias e afins).
Por terem sido apresentadas apenas duas sessões (e por eu ser extremamente chato e crítico) notamos algumas deficiências, não por parte textual nem pela atuação dos atores (que conseguem realizar um trabalho digno de grandes produções) mas pela questão de estrutura inicial, já que o texto e a direção do espetáculo são dos próprios atores.
O que realmente interessa é a proposta atingida, o incomodo que causa na platéia (principalmente no tocante preguiça e luxuria), o riso descompromissado que desperta com sua ira e avareza, a relação criada entre a gula fisíca e a gula psicológica... extremamente interessante...
Bethiara Lima é um diamante bruto, com sua beleza peculiar, pronta para ser lapidada e mostrar a incrível jóia que irá se tornar. Sua angústia e emoções latentes na cena da luxuria nos deixa angustiados justo com ela.
Cícero Andrade transborda carisma e talento... com expressão corporal magnífica, consegue fazer rir e refletir na maioria das vezes sem precisar abrir a boca.
Independente da qualidade do espetáculo, é maravilhoso assistir um trabalho onde o amor pela arte transborda.
Meus parabéns...
para maiores informações sobre o grupo: www.grupoteatralsaga.blogspot.com
A peça "Sete Pecados" está no projeto Toda Terça Tem Espetáculo, confira a programação:

terça-feira, 6 de abril de 2010

ALÉM DA VIDA



TEXTO: CHICO XAVIER & DIVALDO FRANCO

DIREÇÃO GERAL: RENATO PRIETO

DIREÇÃO DE ELENCO: CYRANO ROSALÉM

ELENCO: CÉSAR RENNATO FROES / CRISTIANE NATALE / DENISE SEFER / LAERTE MARQUESINI / PAULO PAIXÃO

ESTREIA 10 DE ABRIL DE 2010

TEATRO CORINTHIANS
RUA SÃO JORGE, 777 - TATUAPÉ
TEL: (11) 2296.7927

COMO CHEGAR:
DESCER NA ESTAÇÃO TATUAPÉ DO METRÔ, CAMINHAR ATÉ O TERMINAL NORTE, EMBARCAR NA LOTAÇÃO 'PARQUE NOVO MUNDO', DESCER NO PONTO MAIS PRÓXIMO DO SPORT CLUBE CORINTHIANS.

ESTACIONAMENTO NO LOCAL: R$ 12,OO (PARA ESPECTADORES DO TEATRO)

INGRESSO: R$ 40,00 (INTEIRA)
R$ 20,00 (ANTECIPADO)
R$ 20,00 (MEIA ENTRADA: ESTUDANTES, PROFESSORES, APOSENTADOS, TERCEIRA IDADE, CLASSE ARTÍSTICA, ASSOCIADOS DO CLUBE E DA RÁDIO BOA NOVA)

PREÇOS PROMOCIONAIS PARA GRUPOS


SINOPSE

O BRASIL É UM PAÍS ONDE O MISTICISMO É CAPAZ DE ALIMENTAR DISCUSSÃO INTERMINÁVEIS, MOVIMENTAR MASSAS E TRANSFORMAR UMA PEÇA TEATRAL NUM VERDADEIRO FENÔMENO. é O CASO DO ESPETÁCULO 'ALÉM DA VIDA', QUE ABORDANDO TEMAS COMO REENCARNAÇÃO ATRAIU UM PÚBLICO ATÉ ENTÃO INIMAGINÁVEL: MAIS DE 2 MILHÕES DE PESSOAS.
'ALÉM DA VIDA' É UMA MONTAGEM SINCERA QUE MOBILIZA E LEVA A REFLEXÃO (EXISTE ALGO MAIS ALÉM DAQUILO QUE PODEMOS ALCANÇAR COM OS CINCO SENTIDOS). AS SITUAÇÕES APRESENTADAS TRATAM DE TEMAS COMO ABORTO, TÓXICOS, SUICÍDIO, HOMOSSEXUALIDADE, ENTRE OUTROS. O ESPETÁCULO É UM FENÔMENO QUE TRANSCENDE AO FATO TEATRAL. NÃO É UMA PREGAÇÃO, LONGE DISTO, ELE MOSTRA QUE HÁ OUTRAS DIMENSÕES E QUE É NECESSÁRIO PENSAR MUITO A PARTIR DO MOMENTO EM QUE O LIVRE ARBITRIO EXISTEM EM TODOS OS NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA. (POR ARTUR DA TÁVOLA)

AGUARDO VOCÊS!!!!

GRANDE ABRAÇO A TODOS...

sábado, 30 de janeiro de 2010

A Rural II (A missão) e a Filosofia (?!?)

Bem, existem certas coisas impossíveis de não se fazer... e comentar e tentar entender A Rural II (a missão) é uma delas...
Estávamos Patricia e eu jogando um bilhar dia desses e de repente a juke box da Lord's começa a tocar Roberta Miranda (nada contra... nada a favor também), mas o importante é que isso nos rendeu risadas até o fim do dia... afinal não é todo dia que você ouve "ramu na areia nãum".
Pensando nessas almas que como eu se sentem ameaçados por esse tipo de atrocidade resolvi tentar uma análise crítico literário da poética canção de Neo pi Neo, cantada por Roberta Miranda:

"Lairreym, lairreym
(Sou obrigado a assumir que meu QI deve ser diminuto e que Neo pi Neo deve ser um gênio pois mesmo depois de ler em várias entonações diferentes ainda não entendi o que ele quis dizer com Lairreym, anyway...)
Arrumamalaê, arrumamalaê, (Tradução Simultânea: Arruma a mala aí)
Arrumamalaê
A rural rai arribá (TS: Que a rural vai "arribar", "subir")
(ok... pelo que pude deduzir temos um tom sexual muito presente nessa música, e ao decorrer da letra notaremos isso com maior frequência, mas quem nunca ouviu a avó chamando a bunda de mala???? Agora: Arruma a mala, ou arruma a bunda que a rural, ou o... (deixo por conta da sua imaginação) vai subir... deu pra sacar?)

Arrumamalaê, arrumamalaê,
Arrumamalaê
A rural rai disabá (TS: a rural vai desabar)
(ok, já percebemos que o ser citado como dono da rural precisa da famosa pílula azul... demorou pra arrumar a mala e a rural dele desabou...)


Ramu rêru má, Ramu rêru má, (TS: Vamos ver o mar)
Ramu rêru má
Ramu é na rural (TS: Vamos é na rural)
(Já notaram como essa letra é poética... adoro a genialidade peculiar de Neo pi Neo, e na voz levemente rouca, grossa e gemida de Robertinha Miranda "Ramu rêru má" soa como Camões...)

Nóyrramu érêru má, Ramu rêru má, (TS: Nós vamos é ver o mar)
Ramu rêru má
A rural rai disabá
(Tô cada vez mais impressionado, não contente com a poética passagem praia grandense "Ramu rêru má" ele cria a variante ainda mais complexa "Nóyrramu érêru má" e ainda especifica: "a rural rai disabá" comprovando a teoria anterior (a da pílula) pois já que a rural "disabô" o jeito é "rêru má")

Ramu na areia nãum, Ramu na areia nãum, (TS: Vamos na areia não)
Ramu na areia nãum
A rural rai atolá (TS: A rural vai atolar)
Ramu na areia nãum, Ramu na areia nãum,
Ramu na areia nãum
A rural rai atolá
(e vamos percebendo que o casal presente no lirismo incessante dessa maravilhosa canção está tendo uma discussão que carinhosamente chamaremos de DR. A garota revoltada com seu parceiro brocha, após sentar na praia para ver o mar se revolta com o efeito retardado da pílula azul e decide "Ramu na areia nãum" com medo que o seu parceiro, que além de brocha tem sérios problemas de coordenação e visão, atole a rural no lugar errado)

Decê pa impurrá, Decê pa garrá, (TS: Descer pra empurrar, Descer pra agarrar)
Decê pa impurrá
Ya rural disatolá (TS: E a rural desatolar)
Ramu decê pa impurrá, Ramu decê pá garrá, (TS: Vamos descer pra empurrar, Vamos descer pra agarrar)
Decê pá impurrá
Ya rural disatolá-aa (TS: E a rural desatola aa aa aa ar)
(Neo pi Neo é tão poético que ele consegue descrever o ato sexual de forma tão sutil e ao mesmo tempo tão clara... vamos para a análise: quando você empurra você afasta, quando você agarra você trás pra perto... correto? Portanto o movimento de afasta, aproxima e desatola??? E obviamente atentem ao detalha da expansão do "aa" gemido de Roberta...)

Ramu ingatá uma ré, Arrocha numa ré, (TS: Vamos engatar uma ré, vamos "arrochar", apertar numa ré)
Acunha uma ré (TS: "Acunhar" uma ré, ou seja, uma ré com pressa, apressar-se na ré)
Pa rural disatolá (TS: Pra rural desatolar)
Ramu ingatá uma ré, Ramu ingatá uma ré,
Acunha numa ré
Pa rural disatolá-aa
(Preciso mesmo comentar????? Só vou atentar a 2 detalhes: "ré" e extensão do "aa" gemido de Miranda... o resto dispensa comentários, correto?)

Urrango iu nerol, Urrango iu nerol (TS: O "rango" e o "?")
Arruma urrango i' u nerol, (TS: Arruma o "rango" e o "?")
Inrriba das malas (TS: Em cima das malas)
Urrango iu nerol, A buchada iu sarrabui (TS: A buchada e o "?")
Urrango iu nerol
in'riba Das mala
(Peço perdão, pois novamente me falta de inteligência e compreensão nesse gênio imcompreendido me limitam e não consigo trazer a tona a interpretação correta de alguns trechos dessa santa e imaculada poesia... mas que tem a ver com bunda tem!)

Num rai lá nadá, Num rai si afoitá (TS: Não vai lá nadar, Não vai se afoitar)
O mar vai li levá, (TS: O mar vai te levar)
Ocê rai si afogá (TS: Você vai se afogar)
Eu já torrendo o má, (TS: Eu já to vendo o mar)
Vixi lá tá u má O má rai li levá, (TS: Nossa, lá está o mar, o mar vai te levar)
Nunrrai lá nadá
(Nesse verso vemos que há algo além do sexo... Neo pi Neo é muito religioso, e como esse casal umbandista tinha feito uma promessa de não atolar a rural na mala e não cumpriu, agora eles estão sofrendo as consequências, e ela está com medo de que se ele for para o mar, Iemanjá o leve...)

Nabund'areia nãum, Ramu s'alimpá, (TS: Na bunda areia não, vamos se limpar)
Nabund'areia nãum
Rocê rai si rê lá (TS: Você vai se relar?????????)
Nunssey syrrôla atraz, (TS: Não sei se rola atrás)
Ôssyrrôla, nafrente, (TS: Ou se rola na frente)
Ôssyrôla naja nela (TS: Ou se rola na janela?????????)
Sórrenussenarioo (TS: Só vê num cenário???????)
(Repararam que depois do medo de Iemanjá, agora a dúvida de Roberta e Neo é outra... rola na frente ou atrás... ou na janela?????? Perdoem minha vil ignorância, mas que porra de janela é essa? E esse cenário???? Ok, quem sabe um dia Roberta pi Neo não nos explique o que quis realmente dizer com essa música...)

Arrumamalaê, arrumamalaê,
Arrumamalaê
Arrumamalaê, arrumamalaê,
Arrumamalaê
Arrumamalaê, arrumamalaê,
Arrumamalaê
A rural rai disabáa

De qualquer forma... a partir de hoje verei o mundo da música com outros olhos... o importante e deixar a mala pronta pra rural...
arruma a mala aí...